Maconha — droga altamente prejudicial ou preconceito sem sentido?

Típico Estereótipo
Não é querendo dizer "eu te avisei", mas um novo estudo concluiu os que "dão uns dois" não são um bando de preguiçosos vagabundos como prega a sociedade, mas sim, seres humanos bem ajustados e bem-sucedidos, que, inclusive, abrangem grande parte das pessoas da sociedade.

Surge um Novo Estudo
O novo estudo conduzido pela BDS Analytics, chamado "Consumidores de Cannabis são Felizes", contou com 2000 participantes, sendo que 60% deles haviam utilizado maconha nos últimos seis meses. O objetivo foi juntar estatísticas de uma parte da população para representar o público geral.

A pesquisa incluiu, de acordo com a divisão de pesquisa da BDS, consumidores assíduos de maconha, pessoas que não consomem (mas consideram ou já consideraram a hipótese) e indivíduos que não consomem e não pretendem mudar de ideia.

Resultado Quebra o Mito
"O que mais chamou atenção no estudo foi a positividade e o bem-estar dos consumidores assíduos quando comparada a dos outros participantes'", diz o relatório, o que quebra o mito de que consumidores de Cannabis não trabalham direito.

Os pesquisadores constataram também que a média anual da renda familiar dos consumidores era mais alta do que a dos participantes não-fumantes.

Outro dado que chamou atenção foi que 20% dos consumidores de Cannabis têm algum mestrado, enquanto que apenas 12,5% dos não-fumantes possuem tal graduação.

Os consumidores também se mostraram mais satisfeitos com suas vidas do que os que não consomem, além de terem mais interesse em artes finas, atividades sociais e ao ar livre.

64% dos consumidores estavam satisfeitos com um emprego de período integral, por outro lado, apenas 52,5% dos "caretas" esbanjam satisfação.

A Intenção é Expandir o Estudo
"Os consumidores de Cannabis são muito diferentes dos estereótipos que os descrevem", diz Linda Gilbert, chefe de pesquisa do consumidor na BDS Analytics. "Na verdade, indicativos positivos no estilo de vida, como voluntarismo, socialização, auto satisfação e prática de exercícios são mais comuns em consumidores de Cannabis. Pelo menos em Colorado, na Califórnia".

O estudo será atualizado a cada seis meses indefinidamente. A BDS fará suas próximas pesquisas em Washington e Oregon.

"O objetivo é tornar esta uma pesquisa nacional", diz Gilbert. "Almejo e espero que daqui a 10 a 20 anos, este estudo só continuará se expandindo".

O Contraponto
Apesar de todas essas estatísticas positivas, ainda deve ser ressaltado que a maconha também possui efeitos negativos, como dificuldades no aprendizado e memória, debilitação da coordenação motora e problemas pulmonares em decorrência da fumaça quente.

Por sorte, o último pode ser amenizado em quase todos os métodos de fumo. Fumando na seda é possível usar uma piteira; se tratando de bongs, existem vários modelos com suporte para gelo e percolators; até mesmo alguns pipes e cachimbos já possuem esse sistema de resfriamento.

Multiplicando Conhecimento
A BDS Analytics é obcecada, de um jeito positivo, em reunir dados a respeito do consumo de Cannabis, desmistificando muitos ditos populares negativos sobre a planta. Eles amam fazer estudos como esse, e nós amamos ler e repassar esse conhecimento!