Cientistas sul-africanos descobriram cachimbos de 400 anos atrás com resíduos de Cannabis ao realizar escavações no jardim de William Shakespeare. O que sugere que o famoso escritor possa ter escrito algumas de suas maiores obras enquanto "chapado".
Esses cachimbos foram encontrados não só no jardim do escritor, mas também em outros lugares de Stratford-upon-Avon, onde morava o dramaturgo. Os resíduos foram analisados em Pretória com o auxilio de uma técnica avançada chamada de: Espectrometria de Massa por Cromatografia em Fase Gasosa.
Dos 24 fragmentos de cachimbos encontrados (desde a fundação Shakespeare Birthplace Trust até a Universidade de Witwatersrand), componentes da Cannabis foram detectados em oito amostras, quatro delas advindas da propriedade de Shakespeare.
Também foi detectada a cocaína em dois cachimbos, mas nenhum deles foram encontrados no jardim do escritor. Alguns de seus sonetos sugerem que ele era familiar com os efeitos de ambas as drogas.
Em seu 76º Soneto, ele escreve sobre uma: "invention in a noted weed", frase que em inglês cria ambiguidade e pode ser interpretada de duas maneiras: "invenção notável à base de maconha" ou "invenção notável à base de erva daninha".
No mesmo soneto, o escritor diz: "Why with the time do I not glance aside to new-found methods, and to compounds strange?", o que se traduz mais ou menos como: "Nem com o passar tempo eu considerarei novos métodos ou compostos estranhos", podendo ser interpretado como uma forma do compositor expressar que não pretendia experimentar outras drogas além da que ele já estava habituado – a maconha.
Muitos outros escritores famosos também consumiram/consomem Cannabis, como: Stephen King, Hunter Thompson, Honoré de Balzac, Charles Baudelaire, Alexandre Dumas, Carl Sagan, Susan Sontag, etc. Isso só comprova a enorme capacidade da planta para a ampliação do desenvolvimento dos processos intelectuais criativos.