Na semana passada o Blog da King Bong trouxe o começo de um glossário pra você que quer ficar por dentro do universo da cultura canábica. Você pode conferir a Parte 1 aqui. Hoje trazemos mais alguns termos pra você ler, relaxar e aprender um pouquinho mais desse universo fascinante!

Canabinoide: É o nome dado a uma classe de substâncias químicas que ativam receptores canabinoides presentes no ser humano. O nome serve para descrever substâncias encontradas nas plantas do gênero Cannabis, substâncias produzidas pelo próprio corpo humano e substâncias criadas de forma sintética. Os fitocanabinoides, como são conhecidas as substâncias presentes nas plantas, estão presentes em centenas, mas apenas alguns apresentam concentração significativa. Dentre os mais conhecidos e estudados estão o THC (Tetrahidrocanabinol) e o CBD (Canabidiol).

Cânhamo: É um anagrama de “maconha” usado para descrever a variante de Cannabis com concentração de princípios ativos extremamente reduzida e que, por esse motivo, tem maior aplicação em outras propriedades, como a capacidade de render fibras vegetais extremamente resistentes e com características próprias. Pode ser usado na produção de papel, cordas, tecido, alimentos e até para a fabricação de alimentos, cervejas e combustíveis.

Cannabis: Gênero da planta que envolve três espécies: Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Ruderalis e, quando usada de forma genérica, pode indicar uma variante surgida do cruzamento de duas espécies. Cada variedade de Cannabis tem características próprias que atendem a diferentes necessidades.

Cannabis Indica: A espécie Indica é a variedade de Cannabis que surgiu após se adaptar ao clima da região compreendida entre o Afeganistão, a Índia, o Paquistão e a Turquia. Tem como característica ser uma planta mais larga, baixa e de folhagem mais escura, de crescimento mais rápido e com maior concentração de CBD e menor concentração de THC, sendo, portanto, mais recomendada por seu efeito relaxante e sedativo.

Cannabis Sativa: É a espécie de Cannabis mais conhecida e que melhor se adaptou a climas quentes, secos e com longa insolação, como encontrado na África, na América Central e no Sudeste Asiático. Tem como característica ser uma planta mais alta, fina, de folhagem mais clara e com maior tempo de maturação, com maior concentração de THC e menor concentração de CBD. Seu uso é mais indicado pelo efeito estimulante e menos sedativo.

Cannabis Ruderalis: Variedade menos conhecida da Cannabis, a Ruderalis é menos comum que as outras variantes, mas se adaptou melhor a ambientes extremos como os encontrados na Europa Oriental, em partes do Himalaia indiano, na Sibéria e outras partes da Rússia. Por ter concentrações muito baixas tanto de CBD quanto de THC, é mais aproveitada como espécie vegetal com potencial de aproveitamento de suas fibras.

Chapado: Diz-se de quem está sob efeito das substâncias presentes na maconha. O mesmo que experimentar uma brisa, o mesmo que estar na onda.

Coffee Shop: São estabelecimentos que têm origem na Holanda, onde a política de abordagem ao uso da maconha é bem mais avançado. A famosa marca canábica The Bulldog Amsterdam tem como grande marco histórico ter inaugurado a primeira coffe shop do mundo. São espaços reservados para o consumo da maconha e de seus derivados, e a lógica é proibir o consumo da planta fora desses espaços. Neles, toda maconha vendida tem suas propriedades identificadas e divulgadas, como concentrações de CBD e THC, efeitos esperados e doses recomendadas.

Cuia: A cuia é um acessório bastante prático dentro da cultura canábica porque permite a manipulação da planta sem que seja necessário usar as mãos. Com o auxílio de uma tesoura de ponta redonda adequada, basta usar a cuia e picotar a flor da maconha, permitindo depois que se faça a coleta do néctar residual que permanece na cuia.

Dab: Dentre as diversas formas de se experimentar a maconha e seus derivados está a prática do dab ou dabbing, que significa fumar o produto da vaporização de um óleo concentrado de Cannabis usando um equipamento, como um bong próprio. A principal diferença está na fumaça mais pura, que contém menor quantidade de particulados, e mais potente, por surgir da vaporização de um concentrado de substâncias ativas da maconha.

Descriminalização: Em resposta à obviamente fracassada política ideológica de “Guerra às Drogas” surgiu o movimento da descriminalização, que prega que a posse, o porte e o consumo pessoal de Cannabis não seja considerado crime. É uma saída que envolve estudos e acompanhamento bastante profundos em outras partes mais socialmente desenvolvidas do globo e que teria como maior benefício a enorme redução de danos ao usuário e a possibilidade de remoção do controle da produção e distribuição da maconha em território nacional das mãos do tráfico ilegal.

Dichavador: Dentre os acessórios mais comuns para quem faz parte da cultura canábica, os dichavadores são aparelhos que trituram e separam a erva seca para o fumo. Podem ser manuais e elétricos, ter compartimento para coleta de pólen e até armazenamento da erva.

Dispensário: Local destinado para o comércio e distribuição da maconha em lugares onde o consumo medicinal ou recreativo da maconha é legalizado. Costuma trazer informações precisas a respeito da qualidade e características da planta sendo vendida, bem como dosagem recomendada e efeitos esperados.

Depois de ler nosso post você descobriu alguma coisa nova? Deixe um comentário com a sua opinião e depois não deixe de conferir a parte 3 e a 4!