Guia de fertilização do solo para o cultivo de cannabis

Descubra os segredos da adubação para o sucesso do seu cultivo canábico.

Guia de fertilização do solo para o cultivo de cannabis

Índice

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A importância da fertilização para o cultivo da maconha

O cultivo bem-sucedido da cannabis depende de diversos fatores, e a fertilização adequada do solo é uma parte fundamental deste processo. É ela que, quando bem feita, trará uma maior qualidade e rendimento às suas flores, recompondo e enriquecendo o solo com os nutrientes necessários para o sucesso do seu cultivo.

À medida que a cannabis cresce, os nutrientes disponíveis no substrato tornam-se cada vez mais escassos. Isso não apenas prejudica o seu desenvolvimento, mas também torna a planta mais suscetível ao ataque de pragas e doenças devido às deficiências nutricionais.

Neste guia, vamos explorar os diferentes tipos de fertilização do solo e te dar uma verdadeira luz sobre o processo de adubação da sua verdinha.

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Macro e micronutrientes: conhecendo as necessidades da cannabis

A adição de adubos é, de certa forma, uma maneira de alimentar o solo e, consequentemente, a planta. Por isso, antes de fertilizar o solo, é indispensável entender as necessidades específicas de sua erva.

Os macronutrientes e micronutrientes são elementos essenciais para as plantas, elas os absorvem através do solo, da água e até mesmo do ar. A diferença entre esses dois grupos está na proporção dos nutrientes necessários. As plantas de cannabis requerem uma quantidade significativamente maior de macronutrientes em comparação com micronutrientes.

  • Macronutrientes: Os macronutrientes necessários para a sua plantinha incluem nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Além desses, a presença de outros macronutrientes também é essencial para o crescimento sadio da erva, como é o caso do cálcio (Ca), do magnésio (Mg) e também do enxofre (S).
  • Micronutrientes: Alguns dos elementos que também desempenham um papel fundamental para a cannabis são: boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), zinco (Zn), cloro (Cl), cálcio (Ca) e magnésio (Mg).

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Fertilização de liberação lenta: nutrientes graduais para um crescimento sustentável

A fertilização de liberação lenta fornece nutrientes gradualmente ao longo do ciclo de crescimento da planta, isso ajuda a evitar a sobrecarga de nutrientes e mantém um fornecimento constante dos nutrientes essenciais.

Eles podem ser tanto orgânicos quanto não orgânicos (sintéticos), e ambos terão a mesma ação de prolongar o tempo de liberação de nutrientes no solo. De qualquer forma, este tipo de fertilização é uma abordagem recomendada, principalmente, para o cultivo outdoor, quando não se pode ter um controle tão preciso das variáveis como em um cultivo em estufa, ou indoor.

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Fertilização orgânica: o caminho da natureza

A fertilização orgânica utiliza materiais naturais e orgânicos, como composto, esterco de animais e farinha de ossos, para enriquecer o solo. Essa abordagem é preferida por muitos cultivadores de cannabis em busca de uma alternativa mais sustentável e amiga do meio ambiente, assim como por muitos jardineiros iniciantes. Isso ocorre porque representa uma opção menos trabalhosa para o monitoramento futuro dos nutrientes da planta. O composto orgânico tem a vantagem de liberar lentamente os nutrientes no solo para a absorção pelas plantas, o que evita qualquer risco de superdosagem de nutrientes. Os principais nutrientes orgânicos utilizados na jardinagem incluem:

Composto orgânico: Ele é uma mistura de matéria orgânica em decomposição, como restos de vegetais e até mesmo resíduos de cozinha como por exemplo:

  • Borra de café: rica em nitrogênio.
  • Casca de ovo: rica em cálcio.
  • Casca de banana: rica em potássio.

O composto orgânico é rico em nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, e melhora a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e aeração.

Farinha de osso: A farinha de osso é feita da moagem de ossos de animais, geralmente bovinos. É uma fonte rica em fósforo, cálcio e outros nutrientes, o que a torna ideal para estimular o crescimento das raízes e o desenvolvimento dos buds.

Esterco de animais: O esterco de animais é rico em nitrogênio, fósforo e potássio, além de conter microorganismos benéficos que ajudam na decomposição da matéria orgânica no solo. Uma boa opção para usar em sua plantinha de maconha é o esterco de galinha, além de rico em nutrientes essenciais da planta (nitrogênio, fósforo e potássio), carrega ainda microrganismos benéficos que ajudam na decomposição da matéria orgânica no solo.

Chorume de compostagem: O chorume resultante do processo de compostagem é bastante concentrado, contendo nutrientes orgânicos valiosos e microorganismos benéficos. Pode ser utilizado como adubo líquido. Nesse contexto, é necessário muito cuidado e até mesmo uma certa experiência, pois é desafiador controlar adequadamente a proporção de nutrientes na compostagem, exigindo uma diluição precisa.

Esses nutrientes orgânicos são utilizados para enriquecer o solo, fornecer nutrientes essenciais às plantas e melhorar a saúde geral do ecossistema do solo. A escolha do melhor nutriente depende das necessidades específicas da sua planta canábica e também do estágio de desenvolvimento em que ela está.

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Fertilização química: precisão e controle

A fertilização química (não orgânica) para a cannabis envolve o uso de produtos químicos sintéticos, como sais minerais e fertilizantes solúveis em água, para fornecer nutrientes às plantas. Essa abordagem é frequentemente adotada por cultivadores que desejam um controle preciso sobre os nutrientes fornecidos às plantas, pois os fertilizantes químicos podem ser formulados com concentrações específicas dos macronutrientes essenciais (NPK). No entanto, o uso excessivo ou inadequado de fertilizantes químicos pode resultar em danos às plantas e em problemas ambientais. Portanto, é importante seguir as instruções de dosagem e monitorar cuidadosamente o solo e as plantas ao usar fertilização química para cultivar a verdinha.

Sabemos que neste caso, o mercado oferece uma variedade de produtos com concentrações diversas de nutrientes. Portanto, por mais que sejam um tanto quanto intimidadores, é extremamente importante aprender como fazer a leitura dos rótulos desses fertilizantes. Para tornar isso mais simples, aqui vai uma dica valiosa para compreender essas informações com precisão! Como dito anteriormente, os principais nutrientes vitais para o crescimento das plantas são representados pela sigla NPK, que significa nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Esses nutrientes são essenciais para garantir o desenvolvimento robusto das plantas e uma colheita abundante. A maioria das etiquetas de fertilizantes traz três números que indicam esses principais nutrientes. Esses números representam a porcentagem de cada uma das substâncias na solução. Por exemplo, um rótulo que diz NPK 4 - 14 - 8 significa que o fertilizante contém 4% de nitrogênio, 14% de fósforo e 8% de potássio.

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Escolhendo a melhor abordagem para o seu cultivo canábico

A escolha entre fertilização orgânica e química depende das preferências do cultivador e dos objetivos do cultivo.

  • Fertilização orgânica: É uma opção mais sustentável e amiga do meio ambiente, mas pode ser mais lenta em termos de liberação de nutrientes.
  • Fertilização química: Oferece um controle preciso sobre os nutrientes, mas requer atenção às dosagens para evitar excessos.

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Fertilização para estágios específicos do crescimento da cannabis

Estágio de semente ou muda: É melhor usar pouca ou nenhuma fertilização nesta fase inicial, isso porque, durante este estágio, a planta é ainda muito sensível. O ideal é que no momento do plantio o solo seja preparado de maneira rica em nutrientes, utilizando um substrato com uma boa composição de húmus, vermiculita e matéria orgânica. Se mesmo assim você achar necessário fertilizar a sua mudinha, o uso de uma proporção 1-2-1 ou 1-1-1 de NPK pode ser ideal para mudas já enraizadas, mas com moderação.

Fase vegetativa: Durante a fase vegetativa, que dura cerca de quatro semanas em ambientes internos e até 12 semanas ao ar livre, a cannabis necessita de uma proporção NPK de 2-1-2. Nesta etapa o nitrogênio e o potássio são essenciais para o crescimento das raízes e o aumento da produção de qualidade a longo prazo, por isso, devem ser incorporados à terra em maior proporção quando comparado ao fósforo.

Início da floração: É recomendável reduzir a quantidade de nitrogênio durante a fase de floração. Durante esta etapa, as plantas de cannabis direcionam sua energia para o desenvolvimento de novas flores (buds) e canabinóides (THC, CBD, CBN, CBG). É por isso que elas precisam de mais fósforo e potássio durante esta fase e de uma proporção de nitrogênio bem menor em relação ao estágio vegetativo da planta. Uma proporção NPK de 5-10-7 é ideal, e micronutrientes como cálcio e magnésio podem ser úteis neste momento.

Meio da floração: Uma proporção ideal de NPK é de aproximadamente 1-3-2, mantendo uma proporção significativa de fósforo e potássio, e reduzindo ainda mais o nitrogênio para que sua planta mantenha o foco no que interessa, a produção dos buds perfeitos.

Final da floração: Reduza ainda mais o nitrogênio, podendo até eliminá-lo. Uma proporção NPK de 4-10-7 ou mesmo 0-3-3 é recomendada.

Lavagem (estágio final da floração): Nas duas últimas semanas de crescimento, suspenda a adição do adubo. Em vez disso, permita que a planta utilize completamente os nutrientes do meio de crescimento, melhorando o sabor das flores e evitando resíduos de fertilizantes.

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Conclusão

Ao seguir esses passos, você estará melhor preparado para escolher a abordagem de fertilização do solo que se adapta às suas necessidades e aos objetivos do seu cultivo de cannabis. Lembre-se de que a prática e a observação atenta das suas plantas são essenciais para otimizar suas técnicas de fertilização ao longo do tempo, resultando em colheitas saudáveis e de alta qualidade.

Conta pra gente se esse texto te ajudou e aproveite para compartilhar como você cuida das suas plantinhas de maconha quando o assunto é fertilização!

 

Referências: