Como saber se minha maconha está contaminada?

Conheça os riscos e descubra os métodos mais comuns de adulteração da maconha.

Como saber se minha maconha está contaminada?

Índice

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Um verdinho e outras “cositas mas”

Você provavelmente já está ciente de que o auto cultivo é a maneira mais segura e confiável de garantir a qualidade daquilo que você está fumando. Isso porque apenas dessa forma, você terá controle total sobre todas as etapas do processo de cultivo, desde o início, até o tão aguardado momento de botar fogo na bomba!

Agora, sejamos realistas, nem sempre é viável ou acessível cultivar em casa. Nesse contexto, ao comprar maconha, muitas vezes nos encontramos em uma situação em que desconhecemos completamente o processo pelo qual ela passou. Isso nos expõe ao risco de consumir substâncias indesejadas e, consequentemente, enfrentar possíveis danos à saúde. Aqui contamos um pouco mais sobre quais os problemas e preocupações que surgem quando fumamos a erva sem conhecer a sua procedência, e também como podemos lidar com isso.

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O que é maconha adulterada?

A maconha adulterada nada mais é do que a cannabis que foi modificada por meio da adição de outras substâncias. Na maioria das vezes, essa prática tem como objetivo aumentar a produtividade ou até mesmo o peso do fumo. Dessa forma, os fornecedores conseguem um significativo aumento no rendimento da erva e, consequentemente, em seus lucros. Contudo existem outras formas de sua verdinha não estar tão verdinha assim: outros contaminantes podem estar presentes na planta por conta de uma série de fatores como a falta de higiene e erros durante os processos de plantio, colheita e armazenamento da erva. Neste artigo você confere mais detalhes sobre essas e outras práticas comuns que resultam na contaminação da planta.

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Contaminantes encontrados na maconha e seus danos à saúde

Fertilizantes e pesticidas: A presença de fertilizantes e pesticidas na maconha é uma preocupação significativa. Esses produtos químicos podem ser utilizados durante o cultivo da planta para aumentar o rendimento e combater pragas, mas se não forem utilizados corretamente, podem deixar resíduos tóxicos na maconha. Ao serem ingeridas ou inaladas, essas substâncias podem causar variados e rigorosos danos à saúde.

Mofo na maconha: Quando a planta é cultivada em condições inadequadas ou o processo de secagem não é realizado de maneira efetiva, ela se torna o ambiente perfeito para o desenvolvimento do mofo. A presença do bolor na erva pode causar uma série de problemas de saúde, como alergias, irritação pulmonar, infecções respiratórias e até mesmo toxicidade por micotoxinas presentes no mofo.

Prensado com insetos: O processo de prensagem da maconha pode levar à contaminação com insetos. Os insetos podem deixar resíduos, como fezes ou podem, até mesmo, ser prensados junto à erva. O consumo desses resíduos, além de nada agradável, pode ser prejudicial à saúde e aumentar o risco de infecções bacterianas ou fúngicas.

Lascas de vidro: Infelizmente, a adição de lascas de vidro à maconha para aumentar o seu peso e melhorar a sua aparência, é um tanto quanto comum. Quando inaladas, ou ingeridas, essas lascas de vidro podem causar pequenos ferimentos internos, danos aos pulmões e outros problemas de saúde.

Contaminação com chumbo: A maconha contaminada com chumbo é uma ameaça séria à saúde. Isso pode ocorrer quando a planta é cultivada em solo contaminado ou quando ocorre a contaminação cruzada durante o processo de cultivo. A exposição ao chumbo, embora rara, é uma das mais problemáticas, podendo levar a sérios danos neurológicos, problemas de desenvolvimento, comprometimento cognitivo e outros efeitos negativos.

Adição de areia: A adição de areia à maconha, é mais uma atividade realizada visando aumentar o peso da erva, e a prática pode ter como consequência problemas severos aos pulmões e à saúde em geral.

Açúcar na erva: O açúcar é outra substância comumente adicionada a maconha com o intuito de aumentar o peso do fumo. Essa prática pode acarretar no consumo excessivo de açúcar e, consequentemente, em uma série de outros danos à saúde do usuário.

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Como identificar substâncias indesejadas na erva

Se você desconfia que a sua verdinha esteja contaminada, existem algumas formas que te ajudam a identificar se a erva está mesmo adulterada.

  • Cor e aparência: Observe se há sujeira, mofo, cristais brancos, restos de insetos ou pós esbranquiçados na maconha.
  • Aroma: Procure por aromas químicos ou cheiros de mofo ou amônia. Esses odores costumam ser fortes e bastante característicos.
  • Sabor: Coloque a língua na erva e sinta o sabor. Caso ela esteja doce demais, existem grandes chances de que sua cota contenha açúcar pulverizado.
  • Textura: Experimente esfregar um pedaço da flor ou do talo entre os dedos. Caso sinta uma textura áspera, assim como grãos de areia, vidro ou açúcar, fique atento!
  • Experiência ao fumar: Avalie se o fumo queima de forma limpa e produz cinzas brancas, essas indicam um fumo mais puro e livre de aditivos.

Apesar dessas dicas serem ótimos indicativos para entender melhor a qualidade do que se está fumando, muitas substâncias só podem ser identificadas através de testes laboratoriais. No Brasil, devido à política proibicionista, a maconha prensada se tornou a forma mais comum de consumo da erva no país e, convenhamos, nessa forma compacta da planta, fica ainda mais difícil identificar se a verdinha está ou não adulterada. Por isso, nesse caso, tome cuidado redobrado ao analisar se você está curtindo uma boa brisa ou apenas se envenenando lentamente. Siga direitinho as dicas acima e depois conte pra gente se este post te ajudou!

 

Referências: